Tô transando bem?

domingo, 7 de outubro de 2012


Há demônios ao teu redor. Cuida-te, garota! Não vá te render aos encantos. Não há nada que possa te salvar agora, há apenas tu. E os demônios.

Eles cochicham ao teu ouvido, dizem coisas atrativas. Clamam por teu nome. Não te deixes levar, garota minha, te rogo.

Os demônios te rodeiam. Tu choras e até tentas gritar por ajuda, mas não estou em condições de ajudar. Desculpe.

Aguenta firme, uma hora tua liberdade chega. Só não te deixes ser levada. Veja, eu não quero você. Eu quero você. Agora quem chora sou eu.

Não consigo te tocar, apenas te rodeio. Antes do amanhecer, tu serás minha, serás minha garotinha.

Vejo-te parada no meio da sala, com um redemoinho de vozes negras a fazer vento em teus longos cabelos. Tu és uma bagunça com esses cabelos. Mas te mantenhas forte, antes da noite acabar, tu serás minha. Tu queres saber o por quê?

Demônios estão a te rodear. Eu estou a te rodear.

Entre os lábios.

Ela olhou para o homem de meia-idade algemado na cama, dando um sorriso nojento e malicioso. O cabelo grisalho ( ou resto dele) estava bagunçado, alvoraçado. Ele apenas trajava um cueca branca, modelo tradicional, e sua barriguinha de cerveja.

A mente da jovem apenas berrava "CENA NOJENTA, CENA NOJENTA, CENA NOJENTA..." e assim persistia, mas ela se concentrou no que tinha de fazer. Aproximou-se da cama, tirou a cueca do urso careca e velho e segurou-se para não rir, pensando em coisas sérias como a saudade que tinha de sua vida normal e do tempo que morava com seus pais.
Ela olhou aquela pobre coisa molenga que estava no meio das perna do algemado e quase sinalizou um sinal negativo com a cabeça.

Sentiu pena, deu meia-volta na cama, pegou as pílulas azuis e enfiou na boca do urso careca. Em seguida voltou para os pés da cama, de pé. Parou um minuto para analisar o quarto escuro, o papel de parede vinho com desenhos arabescos, o tapete de couro de vaca, o abajur espanhol, a cama de mogno e um aparelho de som junto com a televisão no deck de madeira. Um tanto chique, diria se aquele homem não estragasse todo o ambiente com sua feiura e se não cortasse seu pensamento com um "Anda gatinha, vem pro papai".

Ela subiu na cama, deslizou o zíper lateral do vestido preto de franjas, solto o coque alto de madeixas negras. O cabelo preto, quando solto, contrastou com sua pele clara feito neve e seus olhos castanhos, os longos cílios adornavam os olhos. O corpo de uma Vênus de Milo estava coberto com apenas uma lingerie preta de renda bordada a mão e decorado com jóias, como o colar cascata de diamantes e seu anel de pérola negra.
O urso olhava assustado para toda aquela exuberante beleza, ela sorriu com um sorriso de falsa malícia, totalmente forçado.

Ela sentou-se sobre a barriga dele, não sabendo como iria se equilibrar ali. O urso usava um palavreado chulo e ela ouvia sem mudar a expressão, totalmente fria.
"Venha doçura, vou te fazer gemer como se quisesse morrer de desejo".
O estômago da garota se revirou de nojo da frase e do perfume amadeirado daquele homem asqueroso.
Ela desceu os lábios até o ouvido dele e disse "Você que irá gemer, meu amor...", a frase estava inacabada.
Ele iria responder a ela, mas a garota colocou o dedo nos seus lábios, sinalizando para que não falasse. Ele fechou os olhos, desejoso. Algo entre as pernas dele começara a se mover. Era um cena nojenta.
Com o dedo nos lábios dele, mandou que os abrisse, e com a mão direita puxou a arma que estava em suas costas, na calcinha. Era uma Glock.
Pegou a arma, colocou entre os lábios do homem e fechou os olhos. Sentia que a vingança estava chegando ao fim.
Puxou o gatilho, miolos cobriram o travesseiro de penas de ganso.
O estampido ecoou pelo quarteirão.
A liberdade da garota ecoou pelo resto da sua vida, que agora realmente será sua.
A garota que agora será dona de si.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O som do violino.

O som violento do violino serviu como música de fundo naqueles últimos segundos. Ele era iluminado pelas fagulhas e não era interrompido pelo estampido.

Fui caindo, caindo e caindo. Juntamente com a toalha de mesa que puxara e a louça que estava em cima dela. O prato de desenho francês estilhaçou-se no chão.

O baque de meu corpo contra o chão foi seco, frio e violento. Quase tão violento quanto quem puxara a arma.

Ela correu até mim, lágrimas brotando. O rosto em formato de coração, de maçãs salientes e lábios finos, estava sujo.
Não tivera tempo para se limpar desde nossa última fuga, em Bristol. Agora estávamos em Ogrement, no distrito de Epinay, na França. Não sei como esses animais sedentos por sangue nos acharam.

Uma lágrima caiu em minha bochecha, seu rosto triste me fitava com tristeza. Dava para sentir a preocupação que ela emanava. Seu lábios desceram até os meus, o seu beijo cálido lembrou-me de tudo que passamos juntos, de nosso primeiro encontro até o momento presente.

O som do violino não havia parado, continuava firme e forte mesmo diante da cena que ocorria.
Um segundo estampido, agora mais forte, soou.
Senti a dor que ela sentira, a dor da bala rasgando a carne. O ardor, a tristeza de pensarmos que tudo durou tão pouco.

Seu corpo caiu sobre o meu, ela rolou para o lado, virou seu rosto e sussurrou com o resto de força que tinha: "Não me deixe sozinha."
Apertei firme sua mão, um terceiro estampido soou e agora o som do violino parara, sendo substituído pelo o estilhaçar do instrumento ao cair no chão e o baque do corpo do violinista.

O atirador veio para perto de mim, olhou em meus olhos e disse : "Fim."
Fechei os olhos e aguardei uma parte do que seria o estampido final. O estampido da bala que tiraria a minha vida e me tiraria de minha amada .
Estúpido atirador e estúpida arma. Odiei quem a criara.




quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Saudade da morena tímida


Saudade de você. 
Do riso que faz cócegas em minha garganta, do sorriso que me dá comichões, do olhar rápido e em seguida desviado.
Saudade de você, morena.
Saudade de te ver, só o fato de te ver acabaria com a saudade.
Se bem que preciso da tua voz.
Fina, calma e suave. Nada de esganiçada (caso você pense isso).
Saudade até dos pelinhos do teu braço e da tua mania de esconder.
Se estiver contigo, até compro um dinossauro pra tua coleção.
Menina tímida, morena menina.

-

Fernando Simão

terça-feira, 2 de outubro de 2012

"Despolemizando" a polêmica.

Em menos de uma hora recebemos de 5 a 10 e-mails falando (falando é forma amenizada de se dizer xingando e argumentando, neste caso) sobre o meu último escrito publicado, "A morena amante de dinossauros não é fria, ela só quer achar o certo".

Caros leitores, é óbvio que se escrevi este texto para alguém, a pessoa notou. Ou até mesmo se identificou com o que fora escrito.
Mas isto não é motivo para tanta alarde, não estou correto?
Vejo que criaram um monstro dos 7 mares sobre meu texto, mas ele nem é tão grande coisa. Foi algo apenas superficial, digo e assumo.

Se quiserem falar sobre algo mais sobre tal texto, entrem em contato. Os tratarei com as mesma educação a qual uso para escrever agora.

Em espera de alguns e-mails e outras coisas mais,
  Fernando Simão.

A morena amante de dinossauros não é fria, ela só quer achar o certo.


Se não tivesse a observado por um bom tempo e a analisado, diria que é mais uma "femme fatale", uma viúva-negra, que mata seu o parceiro (em sentido não literal, mas sim sentimental). Cabelos negros e longos, olhos castanhos que insistem em não manter contato visual por muito tempo, lábios salientes e tentadores, curvas de se perder com um carro Alfa Romeo B.A.T. 7 (carro muito vintage de qual eu cuidaria com muito amor).

Dizem ser fria, mas não acho. A acho quente e envolvente, o que a prende é a insegurança. Será que já sofrera por amor e por isso é assim hoje em dia? Não sei, então não questione isto a mim. Só sei que minha opinião diz que ela não é a "Rainha do Gelo".

É, morena, tá tudo bem. Ao menos, enquanto seus livros passarem por seus olhos e suas músicas ressoarem em seus ouvidos.

Está valendo se for uma musiquinha calma dos Los Hermanos, uma música comichante do HIM, a voz firme e suave de Florence, The Beatles com seu som sempre viciante, The Cure mais forte, Chico Buarque "bossa-noveando", um bom indie, uma boa MPB, uma boa música clássica e tantas outras.
Nada de "hipster", é apenas o ser "eu mesma" dela. Me compreende?

Ela adoraria achar alguém interessante para convidá-la para um café, umas comprinhas na livraria (ou, preferencialmente, no sebo), uma ida ao cinema ou até uma voltinha em algum verdejante parque.

Gosta de uma boa conversa sobre livros, filmes, sobre o que for.

Foi feita para uma noite na lareira, com vinhos e queijos. Ou uma serenata privada na sala ao som de violão, piano ou até um violino.

Ou algo mais simples, como uma leitura suave para ela até que durma.

Mas não encontrou alguém que tivesse tantos atributos e tantos gostos. Mas calma, menina, quem sabe aparece alguém assim algum dia? Se acalme e espere, quem sabe o seu estimado pretendente imaginário perfeito um dia aparece?

O negócio é esperar, analisar os que se alistam e dizem que são ele. Se não for, joga fora. Mas se for, não largue mais.

Se acalma, morena menina, alguém assim aparece um dia.

-

Fernando Simão.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Problemas à parte


Pois então, meu caro amigo leitor, finalmente arranjei tempo para falar com você. Como nós escritores somos vestibulandos, estamos sem tempo para escrever uma mísera linha para saciar suas vontade de ler.
Mas prometo que logo após o dia 17 de Dezembro estaremos voltando com força total, acompanhados de contos, poesias e, quem sabe, até de uma série pronta de livros. Não fique triste, se você esta lendo isto, significa que nos esperou até agora. Além do mais, falta pouco tempo para que este longo "hiatus" termine, então fique no aguardo!

Um grande abraço e um enorme obrigado pela sua compreensão,
Fernando Simão.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que ela espera.

Espera que a pessoa que irá encontrar ame boa comida, do melhor doce ao seu sagrado sushi. Santo sushi que a acalma.

Alguém que acompanhe seu papo, e que tenha um bom papo.

Que a pessoa fale que seu cabelo está lindo, mesmo quando ela reclama que está parecendo um leão. Que fale que ela tem um cheiro próprio, doce, que diga que sua pele é macia.
Que conforte seu choro em meio a uma comédia romântica (em plena TPM.)

Que ame tomar café e falar sobre um bom livro, que seja Nicholas Sparks ou Llosa ou até apresentando novos escritores, deixando-a admirada.

Quem em final de festa, dance coladinho ao som de Abba, Led Zeppelin, Beatles, Nando Reis, Cássia Eller, Rita Lee, Marisa Monte, Kid Abelha, Tulipa Ruiz, Marcelo Janeci, Criolo, Lenine ou qualquer outro de seus músicos favoritos.
Que aguente seu mau-humor e que a surpreenda com doçura, quando ela estiver com o mesmo.

Que após uma boa noite na cama, diga ao pé de seu ouvido "Te amo" com aquela voz cansada e amável.
Que a abrace, sinta seu calor, que a acalme.
Que limpe suas lágrimas e beije seu rosto.
Que a beije com amor, sem o mínimo pudor.
Que diga que é linda de qualquer jeito, sem o mínimo defeito.

 E que é só sua e totalmente sua...

Prazer de um desconhecido.

Por um novo ângulo, eu observava da cozinha o corpo daquele homem que fez sexo comigo por 2 horas, fazendo apenas 5 que nos conheciamos. Andei até a cama de novo e me deitei para descansar e assim repertimos o que foi tão gostoso.
Aquele homem, que se chama Carlos ou João, acorda e passa o braço pela minha cintura, me puxa para perto e eu sinto o ''instrumento'' dele na minha bunda. Viro-me para dar um beijo naquela boca macia, ele retribui e assim continuamos. Logo o clima começa a esquentar e ele me pergunta:
- Você é bem safadinha, quer transar de novo é?
Não respondo nada, apenas dou um sorriso que ele vê como um "sim". Mãos começam a rolar pelos corpos que já estão nús. Só a forma que ele me beija já é o suficiente para me deixar excitada. Quando passa a mão por mim, sente o que queria sentir e dá um suspiro perto do meu ouvido. Aquele suspiro mexe comigo e eu respondo:
- Viu a forma que você me deixa? É assim que tu me quer?
- Sim minha putinha, é dessa forma que eu quero te pegar - ele responde.
Já imaginei onde iamos parar novamente e gosto dessa ideia. Vou com a boca direto para onde ele quer e começo a chupa-lo. Ele geme de uma forma que me deixa louca e com vontade de fazer melhor, mas logo sinto que tenho que parar pra não acabar por ali mesmo. Tiro minha boca e voltamos a nos beijar, mas aí é ele quem desce e começa a me chupar, fazendo eu dar uns gemidos que até quem estava na esquina devia escutar. Após aquela língua tanto se movimentar nas partes de baixo e eu gozar na boca dele, volta para minha boca e aí começa o nosso vai e vem. Primeiro no papai e mamãe, depois de quatro com uns puxões de cabelo e tapas na bunda, e ele me pedindo para falar besteiras, me chamando de safada e dizendo perto do meu ouvido:
- Quer mais fundo é safada? Pede vai, com essa tua voz gostosa!
E me sentindo tão submissa naquela hora, eu peço e ele vai mais fundo me fazendo gemer, com ele gemendo, com nossos corpos mais unidos e cada vez mais perto de um orgasmo. Até que quando ele começa a entrar e sair com mais velocidade, eu sinto que vai chegar ao fim. Peço com a maior cara de safada para ele parar e gozar na minha boca e ainda prometo que vou engolir cada gota. Com toda essa putaria, nem precisei continuar chupando muito para sentir aquele líquido na minha boca e pingando no meu peito. Cansados, nos deitamos mais uma vez satisfeitos.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mudanças!

Informem aos seus tios, tias, avós, gatos, cachorros, peguetes, novinhas, gatinhos, gostoso de academia, gata da balada e etc que o Taste Good mudou!

Agora é o Amor é Bossa Nova!


Qualquer paixão, anseio, saudade, dor de barriga, disenteria, mau espiritual é nos comunicar via comentários no blog ou via twitter, no @amorebossanova

Abraços!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fernando e Joana respondem!

Boa-tarde leitores, hoje abrimos a nossa nova coluna a qual tantos leitores pediram para que fosse criada..
 Uma coluna em que os escritores interajam com os leitores, pois bem, aqui ela está!

                               "Fernando e Joana respondem!"
Funciona assim:


Quem tiver dúvidas, opiniões, críticas ou experiências próprias para contar é só enviar para nós e existem quatro formas para isso:


1ª. Via twitter: @amorebossanova

2ª. Via página no facebook: Amor é Bossa Nova

3ª. Via e-mail: tastegoodblog@live.com

4ª. Comentando aqui no post!

Agora é só enviar e esperar nossas respostas!

Abraços,
               Equipe do Blog.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Maggie - Parte 1: A primeira lição. por Fernando Simão


- Hugh, ande logo. Você não vai me pagar para receber apenas beijos na boca. - Ela enfatizou as duas últimas palavras.

- É possível eu poder ter a chance de me recuperar para mais uma rodada? - Respondi-lhe.


Ela rira com grande intensidade e passara a coxa direita em meu membro, era estranho chamá-lo assim, mas que se dane. Os corpos nus roçavam e transmitiam calor.


- Vou te dar energia - Ela disse com um risinho fino e malicioso, perto de um ronronar leve.


Em seguida ela se ajoelhou em minha frente e caiu de boca. Fazia tempo que eu conhecia Maggie, eu já era cliente VIP fazem uns 3 anos. Saí desse pensamento abrindo os olhos e grunhindo baixo.


- Chega, vamos para o 14ª rodada. - Disse ela, levantado e limpando a boca.


- Feito. - Falei com animação. Joguei-a na cama, me armei com a camisinha vermelha Prudence, sabor morango (só para constar).


- Vem tigrão. - Tigrão é um nome broxante na hora da transa, mas liguei o foda-se e segui. A cena de selvageria seguinte não lhes interessa, mas os acontecimentos seguintes sim. Umas 4 horas depois de gritos, beijos e tudo mais, ela se rendeu.


- Supriu tudo que eu precisava. - Ela tremeu e gemeu com um orgasmo e continuou a falar - Acho que deu.


- Por mim. - Falei, eu já estava cheio dela faz umas 6 horas. Mas transar é bom, assumo.


Dirigi-me ao chuveiro, me lavando por completo e me vestindo em seguida, ainda molhado. Peguei o dinheiro dela na carteira e joguei para a garota loira e de corpo perfeito.


- Até logo, Maggie. – Saí de lá sem ouvir sua resposta. Ela sempre respondia com uma voz sedutora falando um “Até breve, tigrão.” Senti falta da despedida.

No estacionamento daquele motel, meu carro me esperava. Dirigi sonolento pela estrada, Maggie havia me dado uma canseira.
Mesmo assim eu amava aquele cansaço, lembrei de seu corpo suado junto ao meu, sua pele suava e macia, o nosso calor, seus suspiros de desejo. Eu amava possuí-la, ela é a mulher que todo homem como eu deseja: Insaciável, sensual, de atitude e doce.
Não fazia cara de nojo para um oral...
Acho que não devia ter falado essa última frase.

O telefone do carro tocou, ouviu alguém soltar um trago de cigarro e então a voz sensual, lenta e aveludada de Maggie soou:
- Psiu, você pode faltar? – Ela perguntou.
-Mas já estou quase em casa, minha querida. – Falei com pesar.
Ela meio que ronronou e tornou a falar:

- Hugh... – Amo quando ela fala meu nome assim. -... Por favor.
Não consegui resistir.

- Já estou a caminho. – Dei meia-volta e voltei ao motel.

Estacionei o carro no mesmo lugar e fui para o quarto aonde eu já havia a encontrado anteriormente.

Susto.

Foi a palavra que descreveu a cena.

Garrafas quebradas pelo chão, lençóis no bar, a enorme janela de vidro estava quebrada e um pedaço do que parecia ser o vestido escarlate de Maggie estava presa ao resto de vidro da mesma.

Meu coração foi pela boca, será que a fonte de meu desejo havia morrido? Ela se suicidara? O que acontecera afinal?!

Mil perguntas surgiam em minha mente, eu suava frio, a dor em meu peito aumentava. O janelão mostrava a parte de trás do motel, uma enorme mata que agora estava negra por conta da escuridão. Se desse para frente eu de certo tinha visto tal desordem.

Criei coragem para ver se minha Maggie havia se matado. Mas por que ela teria me chamado e se matado em seguida? Isso não fazia sentido.

Fui ao janelão, os cacos de vidro grudavam nas solas de meu sapato, olhei para baixo e não vi nada  no meio da escuridão.

- Mas que merda, Maggie! O que você fez?! – Perguntei ao silêncio, que não respondia, obviamente.

Ouvi três estampidos, um choque pelo corpo e uma dor enorme. Cuspi sangue e coloquei a mão direita nas costas. Em seguida a trouxe para perto de meu rosto e vi o sangue escarlate que a pintava.

- Mas o quê? – Perguntei já quase sem voz e cuspi sangue novamente.

Senti algo me atingir pelas costas, um solado e um bico fino. Fui empurrado do 7º andar do motel para escuridão que me esperava lá em baixo.

As últimas coisas que ouvi antes de iniciar minha queda foram:

- Lição número 1: Nunca confie em mulher que o agrada demais. - A pessoa dona da voz cuspiu um cigarro, que me acertara durante a queda.

Fora algo totalmente desconsertante pois era aquela voz a qual eu adorava, a voz de...

...Maggie.




terça-feira, 10 de julho de 2012

Romancice por Fernando Simão

Estúpida vida,

Triste música perdida da sensualidade,

Burro amor que ama encontrar a dor.

Ao te ver o coração vai à boca,

Cuspo pérolas em tua cara
,
Não quero que me abandones.

Mas pelo andar da carruagem, és o próprio cavalo que corre.

Selvagem e arredio.

O chicote que usarei para te parar será o que usarei para te ter e comandar,

Para que não fujas mais.

No meu país, meu amor a ti vai ser lei e tu o comandarás, com tua pele de neve,

Macia como pelagem de um cordeiro

E olhos castanhos das amêndoas nordestinas.

Minha irritada, doce menina.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Acaba voltando - Parte 2 por Joana Félix

Após alguns beijos, eles continuam deitados naquela cama que ainda no fundo contém o cheiro do sexo que eles faziam e que agora, felizmente, voltaram a fazer. O amor paira sobre eles, igualmente o desejo os fazem sentirem-se especiais.
Então ele começa a deslizar a mão sobre aquele corpo nú que ele tanto gosta e que o excita muito. Ela se remexe por baixo do corpo dele e é puxada para cima. Com mais uns beijos calientes, Alice puxa a camiseta branca que ele veste e depois começa a tirar a calça. Deixa sua boca passar por todo aquele corpo que ela aprendeu a amar, chegando naquele lugar que a excita... e começa a chupa-lo deliciosamente, como nenhuma outra mulher consegue. Aquela boca aveludada quase o faz gozar mas ele a puxa para si antes disso e continua beijando, mas agora passando sua mão por todo o corpo e começando a masturbar aquela mulher que agora está deitada ao seu lado, querendo fazer amor uma noite inteira após a separação. Ela pede para ele começar a fazer um oral e ainda completa dizendo que vai gozar na boca dele. Então ele desce a boca até lá e começa num ritmo com a língua que a faz gemer, muito, alto e irresistivelmente. E após um tempo, quando os dois já não aguentam mais, iniciam uma das coisas que eles mais sabem fazer bem quando estão juntos... amor! Terminam só quando o dia está quase amanhecendo e não aguentando mais, acabam num gozo juntos, que os fazem tremer, delirar, deixando aqueles corpos nús e cansados estirados na cama.

domingo, 8 de julho de 2012

Tire por Fernando Simão

Teu corpo
Em minha frente
Está a se desnudar.
Que se desnude
Que "Glory Box" toque ao fundo
As peças de roupa começam a cair,
Enquanto suas curvas me mantêm preso na sua dança
Erótica
Sensual
Cheia de mal
Uma má delícia
Cheia de malícia
A cada rebolado a tensão diminui e você se torna cada vez mais atraente.
Apenas tire logo essa lingerie,
E deixe-me te sentir.

Canso por Ninguém Sabe

Cabisbaixo

Caindo no chão

Domingo, vá embora

Quero voltar para o meu colchão.

sábado, 7 de julho de 2012

Quase seria... Por A.Bohr

Sei o que sou

Para ti

Apenas uma distração,

Uma segunda opção

Para tirar o foco

De quem não ousou

A partir

Sem te ferir.

E essa direção

Nos leva a distração

Do oco

Que invade o coração

O buraco.

E assim eu leio

Os teus traços

E os teus textos

E aquela expressão -

Ou seria impressão

Nos teus olhos

De quem não para

De medir esforços

E arranjar pretextos

Solidão por A. Bohr

O puro desejo

Invade os meus sonhos

Como as injustas lágrimas

Invadem os meus olhos

Sem querer, quase que

Espontaneamente permanecer

Como se quisessem dizer

"Não há mais nada a fazer!"

Não é amor - e nem paixão

Quem me dera ter desse ardor

Mas pra mim parece

Que só sobrou

A dor -

Solidão

Fique ou Cure por A. Bohr

Quem sabe você fique

A me fazer especial

Ou quase

Não sei.

Talvez você se engane

Não diferencie

O amor

Da paixão

Ou do sexo.

Não quero.

As faltas que a dor

A ilusão

Num fluxo

Nos fazem

Não saem.

Fique, meu bem

Mas fique por querer

O essencial

Pois uma falta

Cura a outra

Talvez.

Acaba voltando - Parte 1 por Joana Félix

Chega em casa após mais uma noite da vida boêmia que leva. Sente seu coração solitário, como sempre acontece nas noites frias em que está sozinha. Pega o celular e desliza o dedo pela tela, procurando o número do seu amado. Pensa mil vezes antes de ligar, mas como o companheiro álcool ainda estava nela, acaba ligando. Chama e após alguns segundos uma mulher com voz de sono atende.
- Alô? - diz a mulher no outro lado da linha.
Alice fica calada durante um tempo e a mulher volta a perguntar:
- Quem é? Quer falar com quem?
Toma coragem e responde:
- Olha, eu sei que não deveria estar ligando mas apenas quero saber...
Não tem coragem de terminar e desliga. Acaba se encostando na cama e chorando, chorando com um coração despedaçado nas mãos. Lembra dos momentos em que, após tantas festas, iam para esse pequeno quarto onde se encontra agora e faziam amor, sexo selvagem ou apenas dormiam, cansados, corpos nus grudados. Dos momentos em que nessas festas, entravam nos banheiros e faziam sexo loucamente, como animais no cio. Ele dizia a querer para sempre. E nesses momentos, Alice sentia apenas seu coração se aquecer e nada respondia, só dava um sorriso daqueles de baixar a guarda de qualquer homem.
Levanta da cama, tira sua roupa na frente do espelho, passa a mão pelo corpo e volta a lembrar dele, mas logo esquece pois a campainha do apartamento toca. Vai olhar pelo olho mágico e vê que tem um homem parado de costas. O coração acelera e volta para o quarto correndo para colocar uma roupa. Volta para abrir a porta e então se deparada com ele na sua frente. Ficam mudos e ela se lembra que deve estar parecendo um panda após tanto chorar e borrar a maquiagem. Então ela toma coragem e diz:
- Não esperava por você agora, eu te lig...
Nisso ele a puxa pela cintura e dá um beijo que faz o mundo dos dois parar naquele instante. A pega no colo e leva para o quarto, para aquela mesma cama em que faziam amor. Então ele arranca sua roupa com força enquanto continua beijando aqueles doces lábios...

Algo a mais

Alana: celta: "linda, bela".

Fernando: teutônico: "ousado, alto".

Lauro: latim: "árvore de loureiro".

Joana: latim: "deus é cheio de bênçãos".

Meu mal por Fernando Simão

Teu corpo nu é pecado

O mais errado

Mais carnal

Fonte de meu mal

Meu mal é te fazer suspirar

Gemer

Tremer

Gozar

Desencadear todo esse prazer quer nos envolve

Cada toque e cada beijo são únicos

Diferentes

Residentes da sua cerne

Nossa química

Nossa aura

Nossa calma

Na cama

Onde você me beija

E diz que me ama

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Porque tudo é tão complicado? Por Lauro Linhares

Porque só amizade?

Quero algo mais

Quero-te

Quero seu corpo nu abraçado ao meu

Quero sentir teu calor, teu toque,  teu suspiro, teu riso, teu orgasmo.

Te quero muito.

Muito mesmo

Mas não quero perder nossa amizade

Quero sua amizade mais que tudo

Quero te contar tudo e ouvir tudo de você

Quero ser aquele que você procura sempre que for pedir um conselho

Quero ser seu ombro amigo nas horas mais difíceis

Mas também quero poder  te beijar, abraçar, ficar com você.

Quero você.

Porque tudo é tão complicado?

Ah...! Por Alana Bohr

Ah, se ousássemos

Se soubéssemos

O que fazer

E fizéssemos

 

Estaria eu agora

Ouvindo essa voz

Que grita, apavora

"O que estás a fazer"

 

Eu não sei

Talvez estivera eu

A ousar

A tentar

 

Talvez seja

A necessidade

A vontade

A verdade

 

A falta de

Fragilidade

A falsa ingenuidade

Que só me deixa pensar

Em nossos toques e a pura

Intimidade

Da Sedução ao Sofrer por Fernando Simão

O petricor me faz lembrar

Do tempo passado

Quando agíamos certo com

Elas

E não as fazíamos chorar nem sofrer,

Hoje as fazemos esquecer de nossos erros

Estão seduzidas pela maldição do amor

Trouxas elas são, de cair em nossa sedução

Na sedução de nós,

Estúpidos, cruéis e imprestáveis

Homens.

Inexisto por Fernando Simão

Querer

Te ter

É proibido

É um amor

Inconcebido

Não vivido

Apenas imaginário

E perdido.

Ladra por Fernando Simão

A cada dor em meu peito

Algo novo urge

É falta de teu respeito

Que me machuca.

Ao teu falso idolatrismo de mulher maluca

Tenho repúdio e nojo

Mesmo assim dói por te perder

De novo,

Meretriz que roubou a chave de couro

Que abria a porta até meu fraco

Coração

Que descansava sem ser atingido por qualquer emoção.

Inexisto por Fernando Simão

Querer

Te ter

É proibido

É um amor

Inconcebido

Não vivido

Apenas imaginário

E perdido.

Querer e ter, não ter. Por Alana Bohr

Fecho os olhos e vejo

E sinto

E vivo

O desejo

Me toco,

E o fogo

Nas minhas veias

É louco

Insano

Quero seu corpo

Seus olhos

Seu sexo

Sem esforços

Sem nexo

Lembrança no frio por Fernando Simão

Na tarde que se esfria ao se despedir junto da luz,

As poucas nuvens montam leves seres com formas de pássaros,

Que com sua doce canção ficam a cantar minhas memórias infantis de ver grandes seres imaginários pelos céus...

E no frio dela sinto a saudade de não ter que me preocupar com a vida.

Provando-a por Fernando Simões.

Beijei com amor seus lábios,

Inicialmente os maiores.

Um sorriso cheio de malícia fora esculpido em sua face.

"Prove", sua voz emitiu e com minha língua provei seu gosto.

Molhado e doce,

Provocante aos amantes.

Passava a língua dos lábios maiores aos menores,

Provando de todos seus dotes.

Doce gosto

Gostoso

Provei de seu gozo.

Fugir? Por Alana Bohr

Beijos, carinhos, amassos

Não sei

Se me permito

Permitir

O que eu não sei

Sentir

Então apenas irei

Reprimir

E reprimindo irei

Me mantendo

A sorrir

Ou a fingir

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Te esqueci por L. Linhares

Não te esqueci

Ainda penso em você.

Mas te odeio, odeio muito

Te odeio por não ter acompanhado meu tempo, por apressar as coisas, por não ter deixado rolar.

Mas me odeio mais do que te odeio.

Me odeio  por ter sido muito rápido, intenso, por ter enjoado de você.

Sinto falta daquela menina meiga que namorei, sinto falta daquele lábio, daquela voz rouca, de quando você usava uma de minhas camisetas e deixava um aroma doce, meigo, um aroma apaixonante.

Mas a menina que me apaixonei não existe mais. Morreu no momento em que terminamos, hoje só vejo uma menina vulgar, fria, vazia, diferente daquela que me apaixonei.

Lembra quando nos conhecemos e disse pra você que parecia que estávamos num sonho e não gostaria de nunca acordar?

Parece que acordei.

Acordei sozinho.

Perdido no silêncio da escuridão.

Entre Os Caras: Os Perfumes Femininos Mais Atraentes - TOP 11


Então mulherada, foi convocada uma sessão, entre seus caros amigos do sexo oposto, para colocar em pauta quais perfumes mais atraentes vocês usam (ou podem vir a usar.)

Segue logo abaixo os 11 que nós do sexo masculino julgamos mais atraentes , se quiserem podemos debater sobre o assunto ali em baixo nos comentários.

Agora chega de blá blá blá e apenas espiem aí (e comprem também!):

1. Dolce Vita – Dior


2. 212 Sexy – Carolina Herrera


3. Animale – Suzanne de Lyon


4. Hypnôse – Lancôme


5. Flower – Kenzo


6. Light Blue – Dolce & Gabbana


7. Bvlgari Rose Essentielle – Bvlgari


8. J’Adore –  Dior


9. Sensuous Perfume – Estee Lauder


10. Obsession by Calvin Klein


11. Euphoria by Calvin Klein for Women


As Mulheres de F. Simão: A inocente da Beira-Mar

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Loirinha, purinha, a beleza é a aparência.

É a típica garota doce, calma e suave que você prova e vicia.

Um par de coxa atrativas e um bunda que seria confundida com duas bolas de futebol, sonho de qualquer marmanjo.

O sorrisinho inocente tem uma leve safadeza.

É uma pena que ela tenha perdido tal inocência, mas graças a um safado deus da luxúria a beleza não se perdeu junto.

Ô santa, inocente e safada beleza presente em você,

pequena virgem de mentirinha.

As Mulheres de F. Simão: A fotografada do Estreito



E é fora, que mora a corajosa.

Fotografada com luxúria, sem medo de ser julgada na rua.

Posava nua para a lenta da câmera e o serpentear de seu corpo chamava os flashes, a sensualidade fluía naturalmente, sem receio de timidamente esconder a intimidade.

Na luz negra se exibia, com apenas poucos pontos de luz exibindo propositalmente, pouco a pouco, toda sua luxúria e prazer.

Ô beleza negra de poder, hein...

As Mulheres de F. Simão: A fotografada do Estreito

As Mulheres de F. Simão: A gracinha de Biguaçu.

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Meio atrapalhada, envergonhada, assim ela paira.

É a garota perfeita para ser modelo: Alta, magra, estilosa...

Mas não é isso que faz a aproximação dela se tornar gostosa. O que faz isto é o seu jeito atrapalhado, engraçado, natural.

Poxa garota, te ter não ia ser nada mal!

És uma gracinha total.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Contos da Jô: Lembranças na madrugada.

Madrugada com insônia. O desejo começa a possuir o meu corpo e sinto vontade de o ter comigo na noite fria. Começo a relembrar de uma de nossas tantas conversas, onde ele suspira ao telefone, dizendo que quer meu corpo como quem deseja água no deserto. Passo a me tocar, desejando e imaginando que seja ele passando suas mãos grandes e macias por todas as minhas curvas. Lembro da forma que ele diz querer me chupar, e imagino sua boca e sua língua passando por cada ponto meu, não deixando escapar nenhum.
Dessa forma, sinto-me excitada e começo a me masturbar. Meu corpo clama pelo corpo dele, desejo senti-lo dentro de mim. Penetro meus dedos e acabo gemendo um pouco alto. Não me importo com isso, o mais importante no momento é o prazer que quem eu amo não pode me proporcionar. Continuo num vai e vem com meus dedos, e o imagino no meu ouvido, pedindo para não parar, dizendo que sou dele, que deseja transar comigo como se fosse a última foda de nossas vidas. Foda. Penso que seja amor o que fazemos, mas não com todo aquela putaria.
Enquanto isso, meus dedos entram e saem, me fazendo suspirar. Ele continua a implorar nos meus ouvidos para que eu goze enquanto continua dentro de mim. Me coloco de quatro na minha cama, e começo a mexer meus dedos num ritmo frenético. O que me faz imaginar ele me dando tapas e puxando meus cabelos, deixando mais excitada.
Não aguento e gozo. Um gozo que faz meu corpo todo se retorcer, meus olhos revivarem, me deixando cansada mas com vontade de ter aquele corpo magro mas tão atraente colado ao meu. Após isso, a insônia vai embora e sonho com nossa transa...

As Mulheres de F. Simão: A Indecisa de Barreiros.



O ar que a envolve me atrai.

É o mistério, o silêncio e a calma.

É atraente no sorriso silencioso e no olhar baixo.

Queria poder entender todo esse seu mistério, mas não sem entender também sua indecisão.

Eu iria levá-la para a cama, sim ou não? Não sei qual seria sua opção.

As Mulheres de F. Simão: A sensual do Carianos.



Um corpo volumoso e curvilíneo pairava em minha frente.

Era alta, estava no ápice do desejo.

A boca de veludo era insaciável, o cabelo macio e lustroso atrapalhava, então eu sempre puxava-os com leve violência para que não atrapalhasse a chegada do prazer, doce prazer que me fazia tremer. Ela amava isto...

Os seios fartos enchiam-me a boca, a galopada era frenética e louca.

Por que eu imaginava tudo isto se nem ao menos tínhamos tirado as roupas?